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domingo, 18 de dezembro de 2011

Rosa Vermelha

Querida rosa, escrevo-te esta carta porque não me consigo aproximar de ti, pois os teus espinhos são mais afiados que a espada de um guerreiro bárbaro. Sinto que me afastas pois os eles são a tua única protecção e se eu me aproximar de ti corres o risco de perder as tua pureza contra o desejo de eu te querer só para mim.

Não me temas que essas tuas pétalas que eu desejo, não as quero estragar. Longe de mim destruir tamanha beleza, algo que eu prezo mais do que a própria vida. Quero apenas trazer-te uma nova cor, pareces-me demasiado pálida e isso não costuma ser sinal de saúde.

Portanto deixa-me levar-te para onde eu tiver de ir, onde eu tiver de lutar, e não temas a chuva que cairá sobre ti, porque trará uma cor especial e única, tornando-te a mais bela de todas as rosas...


Do teu admirador numero um: M.C.


domingo, 11 de dezembro de 2011

Três Tempos


Apaixonei-me por ti ontem, não pude deixar de reparar nos teus olhos expressivos, no teus sorriso encantador, nos teus cabelos brilhantes, no teu rosto jovem, no teu coração mágico, na tua força de vontade sobrenatural. Não és perfeita, e eu amo-te assim, és alguém que eu jamais esquecerei apesar de me dizerem para o fazer.

Chova ou faça Sol, beija-me. Beija-me como se nunca mais te pudesse voltar a ver, o que é realidade, pois tu jamais voltarás para mim, só no meu pensamento.

Amei-te ontem.


Apaixonei-me por ti hoje, não consigo avançar na vida sem estares ao meu lado. Abraço-te e beijo-te como quem não quer que partas, porque nunca se sabe o que pode acontecer, portanto neste momento só quero estar contigo.

Chova ou faça Sol, beija-me. Beija-me porque este momento só dura agora, e só agora é que este momento me fará mais feliz.

Amo-te hoje.


Apaixonei-me por ti amanhã, sim, amanhã. Como é possível? Não me perguntes, nem eu sei responder. Apenas sei que penso em ti todos os dias mesmo que ainda não tenhas chegado, sonho com o nosso casamento apesar de não saber quem és, mas sei que um dia vais chegar, e vai ser tudo perfeito.

Seja debaixo da chuva ou da luz do Sol, beijar-te-ei, Beijar-te-ei como beijei ontem, como beijei hoje, e mesmo que não sejam os mesmos momentos, os mesmos instantes, as mesmas pessoas, eu amar-te-ei como amei e como amo, porque o amor é divino e ele dura os três tempos...

Amar-te-ei amanhã.


És tudo, foste tudo, e serás tudo, mesmo que agora não saiba quem és, procuro-te. E mesmo que não possa saber o futuro, posso sonhá-lo, e posso construí-lo.

Passo a passo, serás a minha vida, para todo o sempre.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um dia.

Abro os olhos e estou numa rua que nunca vi na minha vida e está tudo escuro por ser de noite, havendo apenas pequenos círculos de luz no chão. Senti o meu corpo a movimentar-se em direcção a uma casa, caminhando apressadamente, mas eu nem sequer o estava a controlar. Surpreso, toquei á campainha e rapidamente uma rapariga linda, de cabelos lisos castanhos com dois "tótós" de cada lado, olhos azuis, lábios carnudos e um rosto com algumas sardas com as bochechas fofas abriu-me a porta fazendo-me um sorriso que nunca esquecerei.

Entrei na casa e reparei que ela estava com os pais, que agiam como se eu não estivesse ali, e estavam mais duas amigas com ela. Uma era alta, esbelta, com cabelos loiros ondulados, e olhos verdes penetrantes, parecia que me lia o coração sem qualquer esforço. A outra era forte, usava óculos, que tapavam os seus olhos cor de avelã, e também tinha cabelo ondulado mas era castanho.

Ambas as raparigas falavam comigo e eu com elas, mas quando se tratava de falar com a rapariga dos tótós, era diferente, apaixonante...
Trocava-mos sorrisos sensuais, piropos, elogios que eram sempre seguidos por comentários arrogantes, como quem diz "Tu queres mas eu não", apesar do fogo intenso da paixão já ter consumido a nossa existência. O nosso destino já estava traçado, mas por mais que nós quiséssemos avançar, nós não saíamos daquela dança. Era um prazer imenso, era um sentimento forte, e ambos queríamos soltar o nosso amor e beijar-mo-nos com toda a paixão acumulada no nosso corpo. De repente uma das amigas dela disse "vocês vão se beijar...", e nós tentámos negar, mas acabámos por o fazer, de tal maneira que parecia que não havia um amanhã, que aquele momento não podia acabar.

Depois de pararmos, os pais dela, que até ao momento não se tinham pronunciado, começaram a correr atrás de mim, e eu fugi, corri rapidamente para fora daquela casa e dei a volta aos prédios vizinhos.

Ao chegar á parte de trás do prédio dela, subi um poste que lá estava e ela veio ver-me á varanda. Continuamos a trocar os mesmos olhares sedutores, os mesmo elogios e comentários arrogantes, e continuámos a brincar com o perigo de ser apanhados pelos pais dela.

"Não vamos nunca parar de ser assim, que por mais que o fogo se acalme, faremos de tudo para que ele volte a arder com a intensidade de uma estrela."

Ela acenou positivamente com a cabeça e voltou a beijar-me...

Depois desse beijo, acordei, acordei na minha cama, sozinho. Foi tudo um sonho, mas não só um sonho comum, uma premonição do meu futuro, da minha eterna relação com a minha esposa, que uma dia entrará na minha vida, ou se calhar já entrou...

Este sou eu, eterno sonhador, escravo da paixão, amante da sedução, atraído como uma traça pelo fogo que consome os corações de dois amantes.

Se eu não tiver isto, viver não me terá gosto.