Etiquetas

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aquele momento

Aquele momento que nos tocamos, que sorrimos e desligamos as luzes.
Aquele momento que nos beijamos, que o mundo á nossa volta desaparece e apenas o amor existe.
Aquele momento em que nos conectamos, que somos um só, unicos e perfeitos.
Aquele momento que não esqueceremos...

Vi-te a descer aquelas escadas, meu Deus o quão angelical estavas... Acelerei o passo, não aguentei esperar meros segundos pelo teu abraço caloroso. Mal o teu peito encostou-se ao meu e os nossos lábios se encontraram, o teu cheiro divino despertou todos os meus sentidos, todos eles diziam o teu nome.

Quando a noite chegou, fomos para perto do rio, e começamos a dançar ao som do vento, com a luz da lua a iluminar os nossos passos. De repente começaste a tremer com frio, e como se a noite não fosse romântica o suficiente, eu comecei a fazer o movimento de quem está a tentar apanhar algo.

- Que tentas tu apanhar?

Perguntas-te curiosa, pois eu parecia um parvinho completo.

- Estou a tentar apanhar uma estrela para te dar! Assim o calor dela aquece-te logo.

Tu soltaste um sorriso e agarraste na minha mão, desviando-a e fazendo-a ir contra o meu peito.

- Pronto, está aqui a estrela que me aquece.

Aquele momento... Aquele momento que me fez amar-te até ao fim dos tempos, aquele momento que me fez respirar melhor, que me fez ver rosas onde só há ervas daninhas, aquele momento que me fez ver o Sol a brilhar fortemente quando o céu está completamente coberto por nuvens negras.

- Casa comigo.

Desejei eu na minha mente, mesmo não tendo coragem de o pedir na realidade. Subitamente acenaste com a cabeça como quem percebeu o que eu pensei, e apesar de assustado, senti que era o sinal que eu precisava para avançar.

- Apesar de não te lembrares agora, pois sofreste um acidente e tens amnésia, eu quis dizer-te isto porque é demasiado importante para ti, mesmo que quem sejas tenha desaparecido, temporariamente ou não, continuas a ser a mulher que eu amo.

Ao levantar-me, tirei o casaco do cabide, vesti-o e olhei para ti. Deslizei a minha mão pelo teu rosto, confuso por não compreender o que se passava, e pensei para mim mesmo "Volta para mim, volta para nós. Casa comigo."

E tu acenaste com a cabeça...




Esperança.

domingo, 20 de novembro de 2011

Luz da Esperança




Subindo o monte que não tem fim, o símbolo da minha fé em mim...

musica ambiente: http://www.youtube.com/watch?v=nrYpOPLh3dc&fmt=18

Mas com quem brinco eu? Não sinto qualquer esperança no futuro, apenas vejo tudo escuro, tudo á espera de ser descoberto. Faz sentido não faz? Caminhamos a nossa vida inteira á procura de respostas para descobrir-mos o que nos espera depois de cada porta. Infância, adolescência, idade adulta... e finalmente chegar-mos ao cume, onde nos chama de idosos e experientes, mas no entanto olhamos para a nossa volta e é tudo um mistério...
"Como funcionam este computadores? Que é a internet? Hoje em dia podemos ler livros nestas geringonças?"
Toda a nossa vida aprendemos, mas parece nunca ser o suficiente, apenas satisfazendo pequenas porções do tempo que nos encontramos, mas no amanhã aquilo que aprendemos ontem mais cedo nos leva para mais escuridão. Mas algo que aprendi que nunca me deixou, é a esperança.

Luz da esperança, algo usado em todos os filmes, séries, livros, contos, textos, e o mundo em geral. Aquela escuridão do futuro tem sempre um ponto brilhante que todos nós apontamos, que todos nós cobiçamos e para lá caminhamos.
Mas sabem que mais? Essa luz parece nunca chegar perto de nós, continuando do mesmo tamanho por mais que nós corramos atrás dela, nunca deixando de brilhar, mas nunca intensificando a sua luz.

Mas porquê? Eu digo-vos o porquê, estupidez! A idiotice de acreditar-mos que um dia é tarde demais, que um dia já nada fará sentido, e que o hoje é tudo, e o amanhã pode trazer o fim abrupto que todos nós tememos, a morte.

Eu já amei ontem, amo hoje, e amarei amanhã. Eu fui uma criança ontem, hoje sou um jovem adolescente, e amanhã serei um adulto, mas em todos estes tempos eu serei um individuo único e que jámais pode ser copiado. Podem imitar o que digo, ter o meu corpo, e tentar pensar o que penso, mas jamais poderão voltar atrás e mudar o que senti, mudar o que sentiram na minha presença, jamais poderão ser o que eu serei, porque todo o individuo segue o seu caminho, e nunca esse caminho é perfeitamente igual a de outra pessoa.

Essa é a luz da esperança, a esperança que temos de tudo melhorar, mas quem não acredita em si, quem não bate as suas asas e voa em direcção ao sol, nunca descobre o quanto quente ele é, nunca descobre que no fisico o impossivel é uma lei, mas na mente o impossivel é apenas uma crença, e como todas as outras pode ser eliminada.

Essa é a luz da esperança, de um dia ganhar-mos o poder de nos controlar, de mover montanhas e caminhar nas nuvéns, com tudo que desejamos, com tudo por que lutámos, e nada nos irá parar porque nós sempre acreditamos.

Sim Andreia Cavaleiro, talvez não seja a poesia que querias que eu escrevesse, mas neste momento não quero escrever palavras bonitas que encantam os olhos, quero sim escrever palavras verdadeiras que te satisfaçam a mente, que te alimentem a força, que te façam acreditar na luz da esperança que tu me falaste.

Abre as asas e voa, mesmo que o mundo real te enfie todas as impossibilidades, vomita na cara dele, porque muitos disseram que o homem estava preso á Terra e que o céu era para os deuses, e nós chegamos á lua e já descobrimos que somos apenas grãos de areia num universo vasto e infinito.

Esta é a luz da esperança. Uns chamam-lhe religião, outros chamam sorte, mas eu, eu chamo-lhe evolução, a habilidade de aprender-mos com tudo, tornarmo-nos algo melhor, largarmos a Terra, e partirmos para o infinito que nos espera por aí.

"If you always put limit on everything you do, physical or anything else. It will spread into your work and into your life. There are no limits. There are only plateaus, and you must not stay there, you must go beyond them." - Bruce Lee

Espero que gostes.

sábado, 19 de novembro de 2011

How long must I wait for a weekend in colors?




Day 1 - Monochrome


musica ambiente - http://www.youtube.com/watch?v=Dqq3dxRWTXM&fmt=18


Acordei com um fio brilhante do sol a iluminar-me o rosto, achei adorável, como o toque de uma criança no seu pai. Vesti-me mas não sabia para onde ir, cansado e vazio por dentro, o meu corpo era apenas uma casca procurando uma alma para o preencher.

Sem razão qualquer, abri a porta do meu armário e decidi entrar dentro dele, e ao fechar a porta, a escuridão preencheu todos os milímetros da minha existência.


Não sei como é que isto aconteceu, mas em vez de estar dentro do meu armário, deparei comigo algures num mundo feito de pedra, completamente paralisado. A agua não fluía, o vento não soprava, as folhas não caiam, a noite não se dissipava. Querendo acordar deste maldito pesadelo que atormentava a minha pessoa, corri o mais rápido que pude em todas as direcção possíveis, mas não parecia sair do mesmo sitio, da mesma planície, da mesma montanha, do mesmo oceano, da mesma paisagem, do mesmo medo, da mesma magoa. Não havia sitio para mim, não havia para onde fugir, não havia como regressar, então deitei-me. Deitei-me para ver se adormecia e depois acordava na minha cama, deitei-me para sentir o frio do chão para me fazer acordar daquele pesadelo, mas no final deitei-me para ver se não voltava a sentir mais nada e desaparecia...


Imaginem uma floresta onde o vento não sopra, não se ouve um único som, não se vê um único movimento.

Imaginem um oceano onde a agua não se mexe, as ondas são como rochas, as gotas são como cristais.

Imaginem um deserto onde andar na areia é como alcatrão, o sol é como uma fotografia.

Imaginem uma montanha onde as pedras não caem, levitam como asteróides no espaço.

Imaginem o vosso coração, que não consegue sentir nada, que não é afectado por nada, que está lá mas nem existe...


Continuarei neste mundo á procura de uma saída... se houver uma, ou se chegar sequer a levantar-me...



Day 2 - Missing You


musica ambiente - http://www.youtube.com/watch?v=Dqq3dxRWTXM&fmt=18


Á medida que vou andando, sinto-me ainda deitado. Será que é um sonho? Será que ainda estou deitado na cama? ou deitado na pedra, nem fria nem quente? Este mundo será uma farsa? Ou estarei eu apenas num mundo escuro e demente?


Enquanto caminho na escuridão mergulhada na luz, pergunto-me se existirá uma saída, ou a saída será o tempo.


Continuei a andar, e deparei-me com um corpo no chão, ao olhar para o seu rosto percebi que era o meu próprio corpo. Estou fora dele a vaguear procurando uma saída? Ou também é uma ilusão? Por o tempo estar parado eu nunca saí daqui? Ou o tempo é ficção e a minha existência uma mentira?


Reparei que debaixo do meu corpo está uma carta...


"

Onde estás tu? Não te vejo, não te mostras.

Só existem nuvens por onde passo, o sol é uma ilusão e o calor uma mentira, não sei que vida existe nesta terra de perpetua solidão, mas que

no entanto eu estou vivo aqui estou.

Onde estás tu? Não te oiço, não te encontro.

Se um sorriso fosse uma porta, a meu estaria trancado, se o teu toque fosse a saída deste mundo, então estaria condenado a viver aqui para sempre.

Onde estás tu? Não te cheiro, não te respiro.

O tempo aqui não passa, as cores não existem, a chuva não molha e o fogo não queima. Desapareceste depois de estares tão próxima, foi como ter uma estrela na mão e depois esta se apagar. Não brilha, não vivo.

Onde estás tu? Não te sinto, e não te minto... quando te digo que sinto a tua falta... mas em lado nenhum pareces estar..."


A carta está bem legível, excepto o destinatário...


"Espero que recebas esta carta A..a, e te lembres que esperarei por ti o tempo que for preciso..."


Para quem será? Porquê que me sinto deitado depois de andar quilómetros?


Será isto um sonho... um pesadelo... o futuro... ou apenas a realidade?





Day 3 - Page of Memories


Musica Ambiente - http://www.youtube.com/watch?v=DpmtzFqcwD8&fmt=18


Onde estou? Será que este mundo monocromático é um pesadelo desolante, um sonho mal intrepertado, ou um quadro que nunca acabei, uma realidade que nunca teve direito a cores? Pergunto-me a mim mesmo, se alguma vez encontrarei o sorriso que tive, quando acreditava no melhor de tudo, no melhor do mundo... Nesses pensamentos abstraio-me do que está á minha volta, e foi então que tropecei numa pedra desde mundo monocromático triste e vazio, caindo no chão.


Sem vontade para me levantar, reparo que estou exactamente no sitio onde isto tudo começou... Afinal nada mais aconteceu, eu fiquei mesmo no chão, o levantar-me não foi real...


Notei que à minha frente estava uma folha, estiquei o braço para a apanhar e começo a ler.


"Todos os dias que passámos, os abraços, os sorrisos, os momentos... Todas as lutas que já tivemos, por ti e contra ti, todas as discussões e todos os pedidos de desculpa... Sem ti não vivo mas contigo não consigo viver, preciso de encontrar harmonia contigo mas parece que isso é só um sonho...

Tenho saudades tuas C..."


A ultima palavra está esborratada, mas não faz mal, as lágrimas caem-me como se estas palavras fossem facas aguçadas cravadas no meu peito. Apercebi-me que esta folha é uma página, uma página do meu Livro de Desabafos, que sempre guardei com carinho e usei nos momentos de solidão. Não é como um melhor amigo, mas dá um óptimo "ouvinte", e que um dia lerei isto e sentirei as palavras para me relembrar do que perdi, do que senti, do que sonhei, do que vivi.


Encostei a página no meu peito, estando ela um pouco manchada com as minhas lágrimas, e subitamente sinto um calor imenso dentro de mim. Ao olhar para a página, vejo que está completamente em branco, estando apenas as manchas das minhas lágrimas, que formam o desenho de um coração...



Day 4 - Everything I have not done...


musica ambiente - http://www.youtube.com/watch?v=Dqq3dxRWTXM&fmt=18


Existem 5 "eus" neste mundo, cada um vagueia por Norte, Sul, Este e Oeste, e o ultimo fica no centro, deitado e adormecido. Qual o real? eu não sei. Talvez sejam todos, talvez apenas um, ou nenhum mesmo...


Cada pergunta sem resposta, cada futuro que é apenas um "se", aquilo que nunca fiz, aquilo que nunca disse, tudo se torna uma realidade na mente, mas nenhuma realidade fisica em si, pois essa é apenas o resultado de tudo.


Este mundo monocromático começa a ser enjoativo, a falta de cores, a falta de pessoas, a falta de sentido, a falta de destino... Não sei o que é suposto encontrar no meio de tanto vazio, se é que existe algo para encontrar.


Nisto todos os "eus" que vivem neste mundo encontram-se, e olhando uns par aos outros, dão as mão e formam um circulo á volta do corpo deitado. Nisto aparece escrito no céu...


"Segui-te por todos os caminhos, mesmo aqueles que tu não sabias como caminhar, acabando a cair por um abismo que só me traria mais uma ferida, uma cicatriz, uma história que me faria mover mais lentamente para o meu destino...


Por isso quero tornar-me tua amiga e não tua seguidora, quero tornar-me tua companheira e não tua criada, quero tornar-me a tua parceira para que nunca sofras"


Essas palavras, lembram-me a M... que eu ignorei quando ela queria o meu bem... e ao seguir o meu coração... acabei por me perder... por a perder...


Nesse momento, tudo brilhou, as cores voltaram ao seu lugar, o tempo recomeçou, o vento deslizou pela minha face, a agua caía lentamente das folhas... nada mais era doloroso... todas as respostas vieram a correr para a minha mente...


Tudo que eu li... Tudo que eu disse... Tudo o que eu fiz... Tudo o que senti...


Cada "eu" entrou no meu corpo, senti a força de novo a correr-me pelos musculos, levanteime, e derepente apareceram imensas portas brancas, frias, e eu perguntei-me se alguma delas seria a saída. Daí o conjunto de A..., C... e M..., com tudo que viveram, com tudo que me deram, mostraram-me a porta verdadeira...


Ao tocar-lhe, ela ficou laranja, ao abri-la, ouvi "...R..." na minha cabeça. O meu corpo foi envolvido num calor aconchegante e uma luz guiou-me para um local familiar...


O meu quarto...




Day 5 - This ending... Is a new beginning.


Musica Ambiente - http://www.youtube.com/watch?v=B2D8OpcEey4&fmt=18


Abro os olhos e deparo-me no meu quarto, deitado na minha cama e o tempo não passou desde que entrei naquele mundo, mas no entanto agora estava tudo a preto e branco aqui. "Porquê?", pensei eu visto que quando saí do outro mundo, as cores tinham voltado. Observei tudo á minha volta e reparei que na porta do quarto estavam as letras mistério que apareceram durante aquele "sonho", mas a porta não abria. Pensei em cada momento da minha vida, talvez a resposta me deixa-se abrir a porta para eu poder sair, e percebi que cada letra que me deparei era o inicio de algo bastante importante para mim...


A... Alma

C... Coração

M... Mente


Perdi o controlo sobre estes todos, não sabia o que fazer e confiava só num em vez de confiar nos 3, pois todos eles fazem parte de mim, e só eu sei o que é melhor para mim, só eu sei o que me faz sorrir, o que me faz viver, o que me dá a vontade precisa para lutar por tudo, tudo que me é mais importante neste universo...


Não sei onde estive... seria um sonho? Seria um pesadelo? Será que bati com a cabeça e tive uma alucinação? Ou foi alguma força misteriosa que me mandou para aquele lugar? Não sei a resposta a essa pergunta, mas sei que lá descobri várias respostas para a minha vida, que me completaram, que me mostraram uma saída do preto e branco, do tempo parado, do frio e da dor...


Saí de casa e fui contemplar o céu, talvez estivesse ainda naquele lugar e ele poderia dar-me uma pista. Cheguei ao pé de um rio e fiquei a observar as nuvens, até que senti um abraço quente. Olhei para trás e vi um corpo, mas não tinha rosto, apenas tinha um R no lugar dela...


R...


Eu lembro-me desta letra! Ouvi-a quando abri a porta que me trouxe de volta para este mundo...


R...


Não me sairam palavras enquanto sentia o abraço, não tinha mesmo vontade de falar, apenas de sentir, e foi a experiência mais satisfatória da minha vida. Mas eis que derepente apareceu-me um pedaço de papel na mão, e eu comecei a escrever, como se eu fosse uma máquina já programada...


"

quando somos so tu e eu, ficamos livres e só sorrimos,

discutimos e reatamos num espaço de segundos, beijamo-nos, choramos de saudade, somos só nós e nada mais nos nos cansa, nos destroi, nos separa... É poder olhar para a nossa foto e sentir o teu toque, é poder olhar para o céu com a tua cabeça no meu peito, é estar sentado a comer e alimentar pequenos casais de pássaros, é fazer besteiras sem nos preocuparmos com as nossas figuras, é demorar eternidades só para escolher coisas simples, andar em locais engraçados para ajudar quem precisa de nós, é passarmos a noite em locais desagradáveis porque queremos estar um com o outro..."


Nisto, lágrimas começam a cair do meu rosto...


"É visitares o sitio onde vivo para aprenderes a minha história e compreenderes como sou, é sorrir sem saber porquê, é chorar porque sem ti nada mais importa, é desejar que tudo desapareça e só fiques tu, é fartar-me de existir porque não existes ao meu lado, é ficar super contente por poder partilhar os meus sonhos contigo e poderes ajudar-me a realiza-los, é beijarte os labios e sentir-me o homem mais feliz do mundo, é sentir o teu toque e desejar que o tempo pare eternamente, é ver o teu sorriso e acreditar que sou a melhor pessoa do universo, é desejar em cada fôlego, ficar contigo para todo o infinito..."


Depois de acabar de escrever isto, o corpo limpou-me as lágrimas com os seus dedos suaves, soltei um sorriso e virei-me, dando-lhe o pedaço de papel com as minhas palavras.


"Toma R... ou deverei dizer...



... Minha Realidade."


Neste momento o R da face dela desapareceu, e apareceu a face da pessoa que mais amava neste planeta. Nesse momento a chuva começou a cair, e cada gota parecia a luz de um pirilampo, mas frias como o gelo. Ela sorriu para mim e abriu um chapeu de chuva, que para meu espanto era encarnado, protegendo-nos das gotas frias e deixando-nos a observar aquele espectáculo. Do nada, o céu ficou azul e lentamente tudo á minha volta ganhou cor, incluindo ela...


Acabou-se o pesadelo agoniante, o sonho revelador, as perguntas estranhas e a procura exaustiva de respostas. Agora apenas havia aquele momento, perfeito, e só havia uma maneira de o selar para sempre na minha existência...


...com um beijo...



...Fim...